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A jornada de Luis Díaz: em menos de um mês, atacante superou drama pessoal e se tornou herói da Colômbia

Centroavante marcou os dois gols da Colômbia na virada sobre o Brasil

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Luis Díaz marcou os dois gols da Colômbia diante do Brasil pelas Eliminatórias (Foto: Juan BARRETO / AFP)

Escrito por Vitor Coelho Palhares, supervisionado por

Autor dos dois gols da Colômbia sobre a Seleção Brasileira na quinta-feira (16), o atacante Luis Díaz superou um drama pessoal para se tornar o herói da primeira vitória de sua seleção sobre o Brasil na história das Eliminatórias, tudo isso em menos de um mês.

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O jogador teve o seu pai, Luis Manuel Díaz, sequestrado pela guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), organização rebelde que atua no país. O rapto ocorreu no dia 28 de outubro, e o reencontro entre pai e filho aconteceu no dia 14 de novembro.

O caso ganhou ainda mais repercussão quando o atacante marcou um gol no empate do Liverpool por 1 a 1 diante do Luton Town, pela Premier League, e exibiu uma camisa com a mensagem "liberdade para papai". Para que Luís Manuel fosse liberado, autoridades colombianas precisaram entrar em negociação com o ELN.

Não bastasse a incrível história de superação, o drama vivido por Luís Díaz remete a um caso vivido por um craque brasileiro às vésperas da Copa do Mundo: em 1994, Romário teve seu pai, Edevair de Souza Faria, sequestrado por bandidos que pediram 7 milhões de dólares como resgate.

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A reação do pai de Luis Díaz com o segundo gol do filho diante do Brasil (Foto: Reprodução/Globo)

O atacante afirmou que não disputaria a Copa do Mundo caso seu pai não fosse solto. A família do jogador chegou a apelar para traficantes de drogas do Rio de Janeiro para ajudar na liberação de Edevair. À época, o Baixinho defendia o Barcelona e chegou a disputar um clássico diante do Real Madrid enquanto seu pai estava sequestrado. Abalado, o atacante não balançou as redes.

Outro sequestro famoso que lembra o caso de Luís Díaz aconteceu com o ex-atacante Robinho. Em 2004, quando defendia o Santos, a mãe do jogador, Marina Silva Souza, foi raptada durante um churrasco com os amigos na Praia Grande.

Marina ficou 40 dias em cativeiro e foi liberada após o pagamento de uma resgate no valor de R$ 200 mil. Durante esse período, Robinho não atuou. Após a libertação de sua mãe, o atacante voltou a atuar e ajudou o Santos a conquistar o Brasileirão daquele ano.

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